A apresentação da abordagem da psicologia terá como objetivo contextualizar a condição da obesidade nas alterações das estatísticas vitais na 2ª Era de Saúde Pública, com vista a compreender a importância dos fatores de risco comportamentais e psicossociais no contexto da intervenção psicológica multidisciplinar.

A obesidade é uma doença crónica e multifatorial com impacto na qualidade e esperança média de vida. A mudança de estilos de vida, nomeadamente do padrão alimentar e de atividade física, é imprescindível na sua terapêutica, independentemente do grau da doença e do recurso concomitante à farmacoterapia ou à cirurgia de tratamento da obesidade.

A intervenção nutricional deve ser personalizada e individualizada, considerando não só as necessidades e objetivos nutricionais, como também as rotinas e constrangimentos de cada indivíduo para garantir a sua adesão e consequente sucesso terapêutico.

A obesidade é um fator de risco grande para a saúde, assim como as inúmeras doenças que podem advir com o excesso de peso.

A intervenção de diversos profissionais, entre os quais o psicólogo, nutricionista e o fisioterapeuta, podem ser relevantes numa abordagem interdisciplinar junto da pessoa com obesidade, visando a promoção da melhoria da qualidade de vida, reduzindo os diversos fatores e co morbilidades destas pessoas doentes.

O fisioterapeuta pode atuar tanto na fase pré cirúrgica, como na fase pós cirúrgica.

A intervenção destes profissionais pode, do ponto de vista cardiorrespiratório, minimizar as consequências do excesso de peso no desempenho deste sistema, promovendo a eficácia do seu funcionamento, facilitando o trabalho diafragmático e facilitando a mecânica ventilatória.

A intervenção do fisioterapeuta vai ainda recair diretamente no sistema musculo esquelético, prevenindo, minimizando e reabilitando as diversas complicações próprias deste sistema. Qualquer intervenção visa sempre a promoção e melhoria da função, qualidade de vida, autonomia e autoestima do pacientes.